Americanos repudiam agressão à Líbia com atos em 40 cidades

“Parem de bombardear a Líbia”, afirmavam cartazes conduzidos por manifestantes que saíram aos milhares por todo o território dos EUA em repudio à agressão ao país norte-africano

“Parem de bombardear a Líbia!”, foi a palavra de ordem ouvida em manifestações em 40 cidades dos EUA no dia 19. Em Los Angeles o protesto reuniu em torno de 10 mil pessoas que exigiam também “Dinheiro para empregos e educação, não para guerras e ocupação!”. Nesta cidade, a participação de estudantes de escolas públicas foi das mais expressivas.

Em San Francisco, milhares enfrentaram um dia chuvoso e frio para participar do protesto convocado pela coalizão ANSWER, que reúne milhares de organizações dos EUA, em conjunto com entidades representativas de veteranos das guerras de agressão ao Vietnã, Iraque e Afeganistão. Trabalhadores convocados por sindicatos e outras organizações regionais participaram.

Em Washington, diante da Casa Branca, manifestantes foram agredidos pela polícia que deteve dezenas para tentar silenciar o protesto.

Do ato na capital participou o coordenador nacional da ANSWER, Brian Becker, que destacou: “O governo dos EUA nunca dizem ao nosso povo que invadem ou bombardeiam outro país com o objetivo de explorer suas riquezas naturais – especialmente petróleo e gás – ou o trabalho dos povos sob ocupação. Essa é a verdade, claro, mas nenhum pai ou mãe deixaria seus filhos irem à guerra com essa função. Os governos dos EUA sempre declaram que cada invasão ou ataque com bombas pelo Pentágono ocorre por razões humanitárias e não por objetivos imperiais”.

“Hoje”, prosseguiu Brian, “no oitavo aniversário da invasão criminosa do Iraque, os Estados Unidos, Inglaterra e França começam um bombardeio massivo sobre a Líbia – e de novo dizem que é por razões nobres, uma mentira que devemos denunciar. A Líbia é o maior produtor de petróleo do continente africano e os imperialistas querem reconquistar o país e seus recursos”.

“Somos contra qualquer ação militar contra a Líbia, o povo líbio, e somente ele, deve ser o senhor de seu próprio destino”, concluiu o dirigente da ANSWER.

O veterano de guerra do Iraque, Ryan Endicott, que serviu na cidade de Ramadi afirmou: “Tomei consciência, por minha própria experiência, de que o nosso inimigo não é o povo do Iraque, que há oito anos luta para sobreviver e acabar com uma ocupação brutal. Não é o povo do Afeganistão que agora também luta pelas mesmas razões. A maior ameaça ao povo dos Estados Unidos não está a milhares de quilômetros mas a alguns metros, está dentro da Casa Branca, no Pentágono ou em Wall Street. São os banqueiros que tomam nossas casas, os executivos das corporações que nos tiram de nossos empregos e ainda levam milhões de dólares em comissões”.

Em Chicago, milhares atravessaram a Avenida Michigan com faixas e cartazes onde se lia: “Não à guerra contra a Líbia!” e entoando palavras de ordem como: “Parem, parem a guerra! Taxem, taxem os ricos!”

Entre as cidades onde norte-americanos saíram às ruas no mesmo dia estão: Phoenix, no Estado do Arizona; Fort Bragg, Fresno, Laguna Hills, Santa Barbara e Santa Cruz, Califórnia; Evergreen, no Colorado; New Haven, em Connecticut; Daytona Beach, North Miami e Orlando, Florida; Atlanta, na Geórgia; Chicago, Illinois; Dubuque and Iowa City, Iowa; Boston, Massachusetts; Saint Paul, Minnesota; Biloxi, do Mississippi; Kansas City, Missouri; Keene, do Estado de New Hampshire; Albuquerque, Novo México; Highland Park, New Jersey; Cincinnati, Cleveland, Columbus e Dayton, em Ohio; Eugene e Portland, Oregon; King of Prussia, na Pennsylvania; Hilton Head Island, na Carolina do Sul; Austin, Dallas e Houston, no Texas; Salt Lake City, em Utah; Seattle, Washington e Racine, que fica no Winsconsin.

tomado del diario comunista brasilero Hora do Povo